sábado, 20 de outubro de 2007

TEATRO KAUS ENCERRA PRIMEIRA EDIÇÃO DO PROJETO FRONTEIRAS


TEATRO KAUS ENCERRA PRIMEIRA EDIÇÃO DO PROJETO FRONTEIRAS COM LANÇAMENTO DE LIVRO E APRESENTAÇÃO DOS ESPETÁCULOS DA CIA

Livro é um registro documental sobre todas as ações do projeto Fronteiras – O Teatro na América Latina. No lançamento, estarão presentes para uma mesa de debates a investigadora teatral cubana Ileana Diéguez, o dramaturgo argentino Santiago Serrano e o pesquisador teatral brasileiro Sebastião Milaré

O Teatro Kaus Cia Experimental lança o livro CADERNOS DO KAUS – O TEATRO NA AMÉRICA LATINA, dia 5 de novembro, segunda-feira, às 20h, no Instituto Cervantes. O livro, editado pela Scortec Editora, é um registro documental sobre todas as ações do projeto Fronteiras – O Teatro na América Latina, realizado pelo Teatro Kaus Cia Experimental durante o ano de 2006 e 2007, em parceria com o Instituto Cervantes e beneficiado pela Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.

No dia do lançamento haverá uma mesa redonda sobre As Fronteiras do Teatro na América Latina, com a presença da investigadora teatral cubana, residente no México, Ileana Diéguez, do dramaturgo argentino Santiago Serrano, do diretor do Teatro Kaus Reginaldo Nascimento e do crítico e pesquisador teatral brasileiro Sebastião Milaré, que fará a mediação. Serão publicados mil e quinhentos exemplares do livro, distribuídos gratuitamente para escolas de teatro, bibliotecas, grupos, centro culturais e outras entidades.

Dentro da programação de encerramento da primeira edição do projeto, o Teatro Kaus também apresenta as peças El Chingo, do dramaturgo venezuelano Edilio Peña, e A Revolta, do dramaturgo argentino Santiago Serrano, ambas com direção de Reginaldo Nascimento. A curta temporada dos espetáculos, que acontece de 26 outubro a 4 de novembro, no Teatro União Cultural, é uma parceria da União Cultural com o Instituto Cervantes.

“O livro é a contribuição do Projeto Fronteiras para a socialização e difusão do material de pesquisa, textos e teorias sobre a realidade teatral Latino-Americana. A publicação marca o encerramento das atividades do projeto em 2007. No próximo ano, o Teatro Kaus continua sua jornada pelo teatro latino-americano, com o qual queremos estreitar as relações, realizando um intercâmbio ainda maior com os nossos países vizinhos”, afirma Reginaldo Nascimento, diretor do Teatro Kaus e idealizador do projeto.

O projeto Fronteiras realizou o Ciclo de Debates o Teatro na América Latina, no Instituto Cervantes, em janeiro de 2007, com a presença dos dramaturgos Edilio Peña, da Venezuela; Santiago Serrano, da Argentina, que também ministrou uma oficina de dramaturgia; Marco Antonio de la Parra, do Chile, e Teresina Bueno, do México, que juntos encenaram o espetáculo Ensayo Abierto, além dos brasileiros Samir Yazbek, Aimar Labaki, Marco Antonio Rodrigues, Hugo Villavicenzio, Sergio de Carvalho e Sebastião Milaré.

Em fevereiro, a Cia estreou o Repertório do Kaus, no Centro Cultural São Paulo, Sala Jardel Filho, onde ficou em cartaz com as os espetáculos El Chingo, A Revolta e Infiéis, de Marco Antonio de la Parra. Na estréia das peças, estiveram presentes os dramaturgos Santiago Serrano e Edílio Peña, que ministrou uma oficina de dramaturgia no Instituto Cervantes. A peça A Revolta participou em julho do XVIII Temporales Internacional de Teatro, no Chile, nas cidades de Valdivia e Puerto Montt, com o texto original em espanhol.

Em maio, aconteceu o Ciclo de Leituras de Autores Latino-Americanos, com a participação dos grupos Cia Casa da Comédia, Conexão Latina, Folias D’Arte e Teatro Kaus, em leituras dos textos Apostando a Elisa, do dramaturgo venezuelano Gustavo Ott; Topografia de Um Desnudo, do dramaturgo chileno Jorge Diaz; Interrogatório em Elsinore, do dramaturgo uruguaio Carlos Manuel Varela; e Milagre no Mercado Velho, do dramaturgo argentino Osvaldo Dragún.

Ileana Diéguez - Investigadora teatral, doutora em letras pela Universidade Nacional Autônoma do México. Coordenadora de Investigações do Centro Nacional de Investigação Teatral Rodolfo Usigli (CITRU). Professora da licenciatura em Literatura Latino-Americana e nas Pós-graduações de Letras e Artes na Universidade Ibero-Americana. Como coordenadora pedagógica da Escola Internacional de Teatro de América Latina e do Caribe (EITALC), fundada e dirigida por Osvaldo Dragún, organizou numerosas oficinas internacionais de teatro em diferentes países e curou encontros e seminários dedicados a diversas problemáticas da teatralidade e suas relações fronteiriças com outras artes. Publicou numerosos ensaios sobre teatro latino-americano em livros e revistas especializadas. Autora de Escenarios liminales: teatralidad, performance y política (Buenos Aires: Atuel, 2007); Teatro Brasileiro Contemporâneo (antologia. Havana: Arte e Literatura, 1990); e co-editora de Performance e Teatralidade, Caderno de investigação (México: CITRU-INBA-Conaculta, 2005).

Sebastião Milaré – Crítico e pesquisador de teatro. Diretor da divisão de Artes Cênicas e Música do Centro Cultural São Paulo. Autor de Antunes Filho e a Dimensão Utópica (Perspectiva, 1994); A Batalha da Quimera – Renato Vianna e o Modernismo Cênico Brasileiro (inédito); O Teatro dos Sete Povos Lusófonos (organização e apresentação do Teatro Brasileiro, CCSP, SMC, 1998); A Trupe Futurista Conta o Bumba-Meu-Boi Modernista (peça teatral comemorativa dos 70 anos da Semana de Arte Moderna, direção de Gilberto Gawronski, Centro Cultural Banco do Brasil, RJ, 1992); A Solidão Proclamada (peça teatral adaptada para coreografia e dirigida por Sandro Borelli, Teatro da Cultura Inglesa, SP, 1998). Dramaturgista do espetáculo Quem Come Quem, direção de Stephan Stroux, com atores e músicos dos sete países de língua portuguesa (Teatro Gil Vicente, Coimbra, 2000). Vem colaborando em diversas publicações do Brasil e do exterior, destacando: Revista Artes (São Paulo), Revista USP, Travessia (editora da UFSC), Bravo, O Estado de S. Paulo, Diógenes - Anuário Crítico del Teatro Latino-Americano (EEUU), Conjunto (Casa das Américas, Cuba), Revista Teatro Celcit (Argentina), Humbodt (Alemanha), Sete Palcos (Portugal), Mindelact Teatro em Revista (Cabo Verde), BT-Bijutsu Techo (Japão).

Santiago Serrano – Dramaturgo, diretor, psicanalista e psicodramatista. Estudou teatro com Néstor Raimondi, Inda Ledesma, Manuel Barceló (Espanha), Williams Wilcox Horme (USA), Enrique Buenaventura (Colômbia) e Aristides Vargas (Equador). Sua primeira peça, A Revolta, de 1984, esteve em cartaz durante três anos em Buenos Aires. Em 1987, cria o Grupo Teatral Encuentros, no qual trabalha até hoje. Com sua peça Dinossauros ganhou o prêmio de melhor peça original no Festival de Teatro do Centro Cultural General San Martín de Buenos Aires. Dinossauros já foi representada no Canadá, Estados Unidos, Espanha e Brasil. Em 2005 ganhou o 2º prêmio no Certame Internacional de Dramaturgia da cidade de Requena (Espanha) com “Sexualmente Falando”. Convidado pela “Maison des Ecrivains de Paris”, em 2006 ministra uma oficina de dramaturgia e realiza conferências na Universidade de Grenoble (França). Ministrou oficinas de dramaturgia durante o Festival Internacional de Teatro de Brasília de 2006 e durante o Ciclo de Debates o Teatro na América Latina, em São Paulo / 2007.

Reginaldo Nascimento – Ator, diretor e arte educador, dirigiu, entre outras peças, A Revolta, de Santiago Serrano, El Chingo, de Edilio Pena, Infiéis, de Marco Antonio de la Parra, Pigmaleoa, de Millôr Fernandes, Cala a Boca Já Morreu, de Luís Alberto de Abreu, A Boa, de Aimar Labaki, Vereda da Salvação, de Jorge Andrade, Homens de Papel e Oração para um pé de chinelo, ambas de Plínio Marcos; O Santo e a Porca, de Ariano Suassuna; O Cocô do Cavalo do Bandido, de Chico de Assis; Elogio à Loucura, de Erasmo de Rotterdan; Palhaços, de Timonchenco Wehbi e As Desgraças de Uma Criança, de Martins Pena. Como arte-educador, realiza várias oficinas e cursos pelo interior do Estado e na capital.

Teatro Kaus Cia Experimental – Radicado em São Paulo desde outubro de 2001, o Teatro Kaus Cia Experimental da Cooperativa Paulista de Teatro foi criado em dezembro de 1998, na cidade de São José dos Campos, pelo ator e diretor Reginaldo Nascimento e pela atriz e jornalista Amália Pereira. Na capital paulista, a Cia encenou as peças A Revolta, de Santiago Serrano (2007), El Chingo, de Edilio Peña (2007), Infiéis, de Marco Antonio de la Parra (2006/2007), Vereda da Salvação, de Jorge Andrade (2005/2004) e Oração para um pé de chinelo, de Plínio Marcos (2002). Infiéis estreou em Janeiro de 2006 no Centro Cultural São Paulo, realizou temporada no Teatro Sérgio Cardoso, sala Paschoal Carlos Magno, em abril e maio e, em junho, fez apresentações nos Sescs de Taubaté e São Caetano. Em fevereiro de 2007, o Teatro Kaus estreou o Repertório do Kaus, no Centro Cultural São Paulo, onde ficou em cartaz com os espetáculos EL CHINGO, do venezuelano Edilio Peña, A REVOLTA, do argentino Santiago Serrano e INFIÉIS, do chileno Marco Antonio de la Parra. Em julho de 2007, a Cia. levou o espetáculo A REVOLTA para o Chile, realizando três apresentações, com o texto original em espanhol.
CURTA TEMPORADA DO TEATRO KAUS NO TEATRO UNIÃO CULTURAL

Espetáculo El Chingo -Dias 26, 27 e 28 de outubro
Sinopse: Escrita em 1991, a peça expõe de forma ácida o confronto entre dois seres que buscam um no outro motivações para representar personagens da realidade, no sentido de purificarem e/ou se redimirem de culpas e supostos erros cometidos no passado. Solidão, angústia e sonho se misturam num jogo instigante entre O Fanho Imaginário e sua realidade.
Texto: Edilio Peña. Tradução: Sebastião Milaré. Direção: Reginaldo Nascimento. Com o Teatro Kaus Cia Experimental. Atores: Robson Raga e Djalma de Lima. Duração: 70 minutos. Recomendação: 14 anos. Ingressos: R$20,00 (inteira) e R$10,00 (idosos, classe teatral e estudantes com carteirinha). Sexta, às 21h30. Sábado, às 21h. Domingo, às 20h.

Espetáculo A Revolta -Dias 2, 3 e 4 de novembro
Sinopse: Escrita em 1984, o texto se desenvolve num âmbito rural, atemporal. A peça esmiúça a questão humana, escancarando a olhos nus a dor de um povo que vive da luta, criando revoluções para fazer valer direitos e propriedades adquiridas ao longo da vida e expropriadas pelos mais fortes, detentores do capital e do poder político. Embates psicológicos, confrontos ideológicos, incertezas, traições, amor e morte. A tragédia de mais uma revolução falida.
Texto: Santiago Serrano. Tradução: Airton Dantas. Direção: Reginaldo Nascimento. Com o Teatro Kaus Cia Experimental. Atores: Amália Pereira, Maritta Cury, Gisele Porto, Antonio Ranieri e Adriana Cubas. Duração: 80 minutos. Recomendação: 14 anos. Ingressos: R$20,00 (inteira) e R$10,00 (idosos, classe teatral e estudantes com carteirinha). Sexta, às 21h30. Sábado, às 21h. Domingo, às 20h.

TEATRO UNIÃO CULTURAL – Rua Mário Amaral, 209 – Paraíso, tel.: (11) 2148-2904. Capacidade 270 lugares. Bilheteria funciona de quarta a domingo. Acesso para deficientes. Ar condicionado. Café. Estacionamento conveniado na Rua Teixeira da Silva, 560, a R$10,00. Venda de ingressos na bilheteria ou por meio da Bilheteira.com, te.l: (11) 3038-6698 ou site: http://www.bilheteira.com/


LANÇAMENTO DO LIVRO

CADERNOS DO KAUS – O TEATRO NA AMÉRICA LATINA


Dia 5/11, segunda-feira, às 20h
Lançamento do livro Cadernos do Kaus – O Teatro na América Latina
Debate As Fronteiras do Teatro na América Latina
Palestrantes: Ileana Diéguez (Investigadora Teatral / Cuba-México), Santiago Serrano (Dramaturgo/ Argentina) e Reginaldo Nascimento (Diretor/Brasil)
Mediador: Sebastião Milaré (Pesquisador/Brasil)

INSTITUTO CERVANTES – Avenida Paulista, 2439 (metrô Consolação) – Consolação, tel.: (11) 3897-9696. Capacidade 100 lugares. Acesso para deficientes. Ar condicionado. Entrada franca. Retirar o convite no local com uma hora de antecedência. Informações: (11) 3159-1822.


Assessoria de Imprensa
Amália Pereira - MTB: 28545
(11) 3159-1822

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

quarta-feira, 25 de julho de 2007

CRÍTICA TEATRAL - VICTOR BOGADO -

REVOLTA LATINO-AMERICANA

A cidade de São Paulo, Brasil converteu-se no centro teatral mas importante desse país, com muitas companhias e grupos entre os quais alguns são experimentais - é dizer que procuram novas linguagens cênicos como o Teatro Kaus que nos visita com a peça A Revolta do dramaturgo argentino Santiago Serrano (é ademais psicanalista, diretor do Grupo Teatral Encuentros e psicodramatista), sob a direção de Reginaldo Nascimento.
A peça -estreada em Buenos Aires em 1984- acontece no campo e em tempo indefinido mas é fácil inferir que pode ser um pais latino-americano e que sofre os embates de um movimento social violento com o fim de criar uma sociedade mais justa e por conseqüência mais humana e solidaria. Em poucas palavras, A Revolta fala sobre a condição humana, da luta entre o bem e o mal, do logro de nossos ideais e o enfrentamento por vezes violento - com nossas debilidades e deslealdades. (Toda peça teatral tem em última instancia. um fundo axiológico, é dizer conflitos onde lutam valores e anti-valores).

É como uma reflexão em voz alta sobre a sociedade atual -com diferentes desigualdades sociais que nos convida a pensar e analisar sobre nosso accionar como seres humanos a procura do bem comum.
O elenco paulista fez um grande esforço para nos trazer uma versão em língua espanhola, feito que entorpeceu em parte a perfeita compreensão do texto. Mas o texto espetacular com sua fisicalidade, unido à energia, concentração e entrega dos intérpretes em seus respetivos papesi salvou o problema da lingua e como resultado nos entregaram una homogenia atuação de todo o elenco conformado por Amália Pereira como Malva, Maritta Cury no papel de Judith, Gisele Porto a Sara, Antônio Ranieri Martín e Adriana Cubas no papel de Antônia.

A cenografia, iluminação e figurinos criam o ambiente visual apropriado para esse drama rural. A direção cénica do jovem diretor Reginaldo Nascimento é correta, dotando à montagem de plasticidade, bom ritmo e "timing" atoral.
A Revolta é una mostra da integração teatral e cultural que deve se fazer em nosso continente paralelamente à integração econômica do MERCOSUL e permitirá estreitar laços de amizade entre nossos povos e o conhecimento de nossas respectivas dramaturgias.

O projeto teatral do Grupo Kaus chamado Fronteiras de difusão da dramaturgia latino-americana no Brasil é um exemplo que toda a comunidade teatral deveria imitar e apoiar com muito interesses e cooperação solidaria. Nesse sentido, os Temporais Internacionais de Teatro tem aportado seu grão de areia nesta direção desde já o faz a mais de dez anos.
VICTOR BOGADO
Julho de 2007
TEMPORALES INTERNACIONALES DE TEATRO DE PUERTO MONTT - CHILE

quarta-feira, 4 de julho de 2007

ESPETÁCULO A REVOLTA DO TEATRO KAUS PARTICIPA DA XVIII EDIÇÃO DO TEMPORALES INTERNACIONALES DE TEATRO DE PUERTTO MONTT - CHILE
Peça, do dramaturgo Argentino Santiago Serrano, com direção de Reginaldo Nascimento, compõem a trilogia latina da Cia, que faz parte do projeto Fronteiras. Festival é considerado um dos maiores e mais importantes encontros de teatro da América Latina


O Teatro Kaus Cia Experimental participa do XVIII Temporales Internacionales de Teatro 2007 em Puerto Montt, no Chile, com o espetáculo A REVOLTA, do dramaturgo Argentino Santiago Serrano. A montagem foi selecionada junto com outras 29 cias de todo o mundo, incluindo grupos do Chile, Argentina, Mexico, Perú, França, República Dominicana, França, entre outros. A apresentação será no dia 21 de Julho, com a possibilidade fechar outras apresentações na região de Puerto Montt. Uma delas já está agendada par ao dia 17 de julho, na cidade de Valvídia.Considerada uma das mais longas mostras de teatro do mundo, O Festival Temporales Internacionales, acontece de 28 de junho a 28 de julho. A organização do festival custeará todos os gastos do Teatro Kaus com a viagem.

“Esta seleção vêm coroar o trabalho do Teatro Kaus que, desde de Janeiro de 2005, desenvolve um projeto de pesquisa com textos da dramaturgia Latina Americana e que com o projeto Fronteiras pode ampliar e socializar esta pesquisa. O nosso grande desafio será fazer a peça em espanhol, uma das condições para participar do Festival”, afirma o diretor Reginaldo Nascimento.

Escrita em 1984, A REVOLTA se desenvolve num âmbito rural, atemporal. A peça esmiúça a questão humana, escancarando a olhos nus a dor de um povo que vive da luta, criando revoluções para fazer valer direitos e propriedades adquiridas ao longo da vida e expropriadas pelos mais fortes, detentores do capital e do poder político. Embates psicológicos, confrontos ideológicos, incertezas, traições, amor e morte. A tragédia de mais uma revolução falida. Esta obra estreou em Buenos Aires, em 1984, no Teatro O Vitral e em l992, estreou em Montevidéu, Uruguai, com elenco da Comédia Nacional Uruguaia.A participação da cia no Festival sela o intercâmbio entre o Brasil e os outros países latinos, iniciado em janeiro de 2007, com o Ciclo de Debates o Teatro na América Latina, que contou com a presença de dramaturgos da Argentina, Venezuela, Chile e México, apresentação de um espetáculo chileno e uma oficina de dramaturgia com Santiago Serrano. O Ciclo, que foi realizado no Instituto Cervantes de São Paulo, faz parte do projeto Fronteiras – O Teatro na América Latina, beneficiado pela Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.

Dentro das atividades do projeto, em fevereiro deste ano, o Teatro Kaus estreou o Repertório do Kaus, no Centro Cultural São Paulo, onde ficou em cartaz com os espetáculos EL CHINGO, do venezuelano Edílio Peña; INFIÉIS, do chileno Marco Antonio de la Parra e A REVOLTA. Em maio, o Kaus realizou Ciclo de Leituras de Autores Latinos, com a participação dos grupos Cia Casa da Comédia, Conexão Latina e Folias D’Arte, em leituras de textos dos dramaturgos Gustavo Ott, da Venezuela; Jorge Diaz, do Chile; Carlos Manuel Varela, do Uruguai e Osvaldo Dragún, da Argentina.O Fronteiras prevê ainda outra temporada das peças e o lançamento do Cadernos de Teatro do Kaus - O Teatro na América Latina, um registro documental sobre todas as ações do projeto.

“O objetivo é trazer para a cena paulista e brasileira um pouco da dramaturgia dos países da América do Sul, estreitar as relações entre a produção teatral brasileira e dos nossos vizinhos latinos; traçar rotas de intercâmbio para projetos e propostas cênicas que possam difundir o conhecimento sobre a realidade teatral Latino-Americana”, finaliza Reginaldo Nascimento, idealizador do projeto.

Teatro Kaus Cia Experimental - Radicado em São Paulo desde outubro de 2001, o Teatro Kaus Cia Experimental da Cooperativa Paulista de Teatro foi criado em dezembro de 1998 na cidade de São José dos Campos pelo ator e diretor Reginaldo Nascimento e pela atriz e jornalista Amália Pereira. Na capital paulista, a Cia encenou as peças A Revolta, de Santiago Serrano (2007), El Chingo, de Edílio Pena (2007), Infiéis, de Marco Antonio de la Parra (2006), Vereda da Salvação, de Jorge Andrade (2005/2004) e Oração para um pé de chinelo, de Plínio Marcos (2002). Infiéis, estreou em Janeiro de 2006 no Centro Cultural São Paulo, realizou temporada no Teatro Sérgio Cardoso, sala Paschoal Carlos Magno, em abril e maio e fez apresentações nos Sescs de Taubaté e São Caetano, em junho. Em fevereiro de 2007, o Teatro Kaus estreou o Repertório do Kaus, no Centro Cultural São Paulo, onde ficou em cartaz com os espetáculos EL CHINGO, do venezuelano Edílio Peña, A REVOLTA, do argentino Santiago Serrano e INFIÉIS, do chileno Marco Antonio de la Parra.

Santiago Serrano (Argentino) – Dramaturgo, diretor, psicanalista e psicodramatista. Estudou teatro com Néstor Raimondi, Inda Ledesma, Manuel Barceló (Espanha), Williams Wilcox Horme (USA), Enrique Buenaventura (Colômbia) e Aristides Vargas (Equador). Sua primeira peça, A Revolta, de 1984, esteve em cartaz durante três anos em Buenos Aires. Em 1987, cria o Grupo Teatral Encuentros, no qual trabalha até hoje. Com sua peça Dinossauros ganhou o prêmio de melhor peça original no Festival de Teatro do Centro Cultural General San Martín de Buenos Aires. Dinossauros já foi representada no Canadá, Estados Unidos, Espanha e Brasil. Em 2005 ganhou o 2º prêmio no Certame Internacional de Dramaturgia da cidade de Requena (Espanha) com Sexualmente Falando. Convidado pela Maison des Ecrivains de Paris, em 2006 ministra uma oficina de dramaturgia e realiza conferências na Universidade de Grenoble (França). Ministrou oficina de dramaturgia durante o Festival Internacional de Teatro de Brasília de 2006.A REVOLTA – Texto: Santiago Serrano. Tradução: Airton Dantas. Direção: Reginaldo Nascimento. Com o Teatro Kaus Cia Experimental. Atores: Amália Pereira, Maritta Cury, Gisele Porto, Antonio Ranieri e Adriana Cubas. Duração: 80 minutos. Recomendação: 14 anos.

(Amália Pereira - julho/2007)

CICLO DE LEITURAS

TEATRO KAUS CIA EXPERIMENTAL, EM PARCERIA COM O INSTITUTO CERVANTES, REALIZA CICLO DE LEITURAS DE AUTORES LATINO-AMERICANOS

Evento, que faz parte do projeto Fronteiras, beneficiado pela Lei de Fomento ao Teatro, conta com leituras de peças dos dramaturgos Carlos Manuel Varela, do Uruguai, Gustavo Ott, da Venezuela, Jorge Diaz, do Chile e Osvaldo Dragún, da Argentina. Além do Teatro Kaus, participam os grupos Folias D’Arte, Casa da Comédia e Conexão Latina. EVENTO REALIZADO EM MAIO 2007-VEJA AS FOTOS.
APOSTANDO A ELIZA - COM CIA CASA DA COMÉDIA- DIREÇÃO:JOSÉ RENATO
Dia 7/4, - texto Apostando a Elisa, do dramaturgo venezuelano Gustavo Ott, tradução de Hugo Villavicenzio, direção de José Renato e encenada pela Cia Casa da Comédia.
Atores: José Renato , Francarlos Reis e Jorge Julião .
TOPOGRAFIA DE UM DESNUDO - GRUPO:CONEXÃO LATINA
DIREÇÃO:HUGO VILLAVICENZIO

Dia 14/4, Texto: Topografia de Um Desnudo, do dramaturgo chileno Jorge Diaz, com tradução de Renata Pallottini, direção de Hugo Villavicenzio, com o grupo Conexão Latina: Atores

INTERROGATÓRIO EM ELSINORE - GRUPO FOLIAS - DIREÇÃO: REINALDO MAIA

21/4, - Texto: Interrogatorio En Elsinore, do dramaturgo uruguaio de Carlos Manuel Varela, tradução de Sebastião Milaré e direção de Reinaldo Maia. Atores:Gustavo Trestini, Henrique Athayde, Oswaldo Mendes, Raquel Moreno,Simone Boer

MILAGRE NO MERCADO VELHO - TEATRO KAUS CIA EXPERIMENTAL DIREÇÃO:REGINALDO NASCIMENTO

dia 28/4, Texto: Milagre no Mercado Velho, do dramaturgo argentino Oswaldo Dragún, tradução de Fernando Peixoto e direção de Reginaldo Nascimento. Atores:Amália Pereira, Maritta Cury,Adriana Cubas,Antonio Ranieri, Angelo Coibra, Robson Raga, Igor Kovalewski, Gildo Vontolan, Musica:Caru Pescioto e Fran Landim

CRITICA A REVOLTA. DIGESTIVO CULTURAL

As Revoluções e a latinidade - Por: Guilherme Conte Atriz Amália Pereira - Personagem Malva - A REVOLTA- 2007- FOTO: Julio Cesar Landim

O historiador Eric Hobsbawn tem uma linha de pensamento que pode ser sintetizada na máxima de que a história é feita de permanências e rupturas. Estas se caracterizam por transformações radicais e violentas que subvertem a ordem vigente e estabelecem um novo status quo. Revoluções exigem sangue e sacrifícios. É difícil operar as transformações para o estabelecimento de uma nova ordem. Esta, por sua vez, carrega dentro de si uma lógica que só é passível de ser derrubada por uma nova revolução. É essa condição de falibilidade intrínseca mantém a tensão entre os atores do jogo histórico.
A Revolta, do argentino Santiago Serrano, fala sobre revoluções. As grandes e as pequenas, as universais e as particulares. Situada em um ambiente rural sem tempo época definido, traz uma revolução social como pano de fundo para o palco das pequenas revoluções – as cotidianas, mundanas, que perfazem o nosso dia a dia.
Malva (Amália Pereira) é uma matriarca que se vê as voltas com uma ausência dolorosa em sua casa: um de seus filhos foi preso pelos opressores da sociedade local, por “suas idéias”. Sua voluptuosa nora Judith (Maritta Cury), a “gringa”, sofre com a carência e a falta do marido, além de estar em um país distante. Ela se envolve perigosamente com Martin (Antonio Ranieri), o outro filho de Malva, que trabalha para os mesmos senhores que prenderam o irmão. Nesse tenso ambiente ainda transita Sara (Janette Santiago), a escrava da família. A iminência da revolta e da volta do filho aprofunda os conflitos entre as personagens e manda às favas o tênue equilíbrio que sustentava a casa. O resultado é violência, tanto física quanto verbal.
O texto de Serrano acaba funcionando como uma grande reflexão da própria evolução da história da América Latina. Ali estão os estrangeiros que vêm para explorar a terra e seus recursos, o estrangeiro que pensa a revolução com um olhar externo, o povo oprimido, o opressor, os que pensam a revolução como um bem geral, os que vêem nela benefícios individuais... Malva, incapaz de ver o que acontece em sua volta, projeta no filho preso e em sua revolução seu obstinado desejo de vingança. Seus diálogos com a vizinha Antonia (Adriana Cubas), seu contraponto ideológico, evidenciam o choque entre as razões pessoais e o pensamento em um bem maior, que beneficie a todos de alguma forma.
A direção de Reginaldo Nascimento acerta em optar por uma construção cênica que prioriza o texto e o trabalho de ator. Os elementos cenográficos são os minimamente necessários para que a trama se desenvolva com os diálogos e as ações sem se sobreporem. É notável também seu talento para a criação de imagens marcantes. É possível apreender da montagem um sólido trabalho de construção de interpretações, uma das preocupações fundamentais da Teatro Kaus Cia. Experimental. Todos estão muito seguros de suas personagens e intenções. O que pesa contra o jovem elenco é talvez certo excesso de rigidez. As interpretações resultam, no geral, um tanto quanto duras, marcadas. Isso fica evidente, por exemplo, no modo de falar de Amália: talvez por pretenso virtuosismo, talvez por excesso de esmero, sua Malva soe barroca demais, o que compromete a própria compreensão plena do texto e de todas as suas nuances verbais. Um tom abaixo na partitura pode fazer com que o personagem ganhe em naturalidade. São falhas que tendem a se atenuar e até desaparecer ao longo do amadurecimento do espetáculo em temporada.
A troca com o público é valiosa quando se tem um grupo aberto e interessado no aprimoramento de uma linguagem, o que parece ser o caso do Kaus. É de se destacar, aliás, a iniciativa do grupo de construir um trabalho ancorado em uma séria e constante pesquisa de dramaturgia. A Revolta é um dos filhos do projeto “Fronteiras – O Teatro na América Latina”, que também englobou as montagens de Infiéis, do chileno Marco Antonio de La Parra, e de El Chingo, do venezuelano Edílio Peña. Ficam os votos de que a peça entre em temporada na cidade e a curiosidade a respeito dos caminhos a serem tomados pela companhia.

Guilherme Conte São Paulo, 23/3/2007
SEM FRONTEIRAS
Por: Santiago Serrano Dramaturgo Argentino

A Revolta - Foto:Gilmar Dueñas
Eu tive a fortuna de assistir durante o Ciclo de Debates sobre o teatro na América Latina a ensaios abertos das três peças que formam parte do repertório que Teatro Kaus apresenta em seu projeto “Fronteiras” Sendo autor de uma das peças não e minha intenção falar de a qualidade de meu próprio texto o de os de meus colegas Peña e De la Parra mas não posso deixar de reflexionar sobre o trabalho do grupo que encenou com muito profissionalismo três propostas diferentes provenientes de Chile, Venezuela e Argentina.
Infiéis Com texto de Antônio De la Parra apresenta um maravilhoso jogo cênico onde o tempo e o espaço perdem a sua lógica e cada um dos quatro protagonistas desnudam seus mais íntimos desejos. Só quatro atores em um pequeno espaço cheio de camas bastaram como elementos para mostrar o amor e a traição, a vida e a morte. Sim vítimas nem verdugos o diretor fez que os atores com grande virtuosismo expunham as complexas arestas de suas personagens.
Maritta Cury transita de uma sensualidade quase agressiva a uma infinita fragilidade. Robson Raga pode ser um homem com coragem para chutar o tabuleiro da sua vida em procura da felicidade e também um covarde que sempre é infiel a sim mesmo. Amália Pereira é a fiel e sensata esposa que deslumbra com seus desejos reprimidos. Angelo Coimbra como o homem inexpugnável deixa todo o tempo a vista um pouco de sua impotência.Uma encenação precisa e muito rigorosa de Reginaldo Nascimento que faz próprio um texto aparentemente estrangeiro.
El Chingo A peça de Edilio Peña é a mostra da procura impossível do homem por seu desejo. Dois solitários que caminham pela vida tentando realizar suas mais profundas fantasias se encontram e começa entre eles uma relação que pode salvá-los o perdê-los. Robson Raga põe todo seu histrionismo ao serviço de sua personagem e alcança a corporizá-lo Djalma de Lima desde a contenção das emoções chega ao inesperado final com grande intensidade. Os dois deixam cair suas máscaras mas sempre por debaixo tem outras que fazem mais ricos e complexos as personagens. Reginaldo Nascimento desde a direção cria um mecanismo simples, mas muito eficiente, que faz transitar ao espectador do riso até o estupor.
A Revolta Minha peça foi definida por um crítico como uma tragédia moderna. Eu coincido com esse conceito. É uma peça épica que por a intensidade dos sentimentos que transita e por sua linguagem quase poético a fazem muito difícil para sua encenação. Eu assisti a um ensaio aberto e ao estréio no Centro Cultural São Paulo e para mim foi uma experiência que me fez enriquecer. Eu pude ver o trabalho minucioso que o diretor fez com o texto e os atores. Cada palavra que eles dizem no palco esta profundamente compreendida e sentida. A cenografia e o movimento dos atores são de grande beleza estética mas nunca fazem perder de vista a atenção do texto e da história.
Reginaldo Nascimento pôs todo seu talento em serviço da peça. Amália Pereira é a Malva eixo da tragédia e impacta pela sua densidade dramática. Ela é em corpo e alma a velha que de sua poltrona dirige os destinos de aqueles que a rodeiam.Janete Santiago transmite com calidez e emoção o crescimento da Sara de menina a mulher. Antonio Ranieri e Maritta Cury debatem-se com grande intensidade entre as contradições de Martin e Judith e juntos fazem cenas de muita sensualidad e violência. Finalmente a Antonia que a flor da pele compõe Adriana Cubas deslumbra pela sua entrega emocional. Diretor e atores ao serviço de contar uma historia de lutas e traições que nasceu em Argentina mas que eles fazem universal.

Teatro Kaus
Risco, rigorosidade e profissionalismo são palavras que podem definir a este grupo que um dia sonhou com pesquisar nas dramaturgias do resto da América Latina e que tiveram a coragem de fazê-lo com respeito e dedicação. Eles com seu projeto “Fronteiras” nos demonstram que em teatro as fronteiras não existem e que a aproximação com diferentes línguas e culturas nos faz enriquecer a todos. Quando os outros falam de sim mesmos sempre falam de nós. Santiago Serrano Buenos Aires, 9 de março de 2007
O PERFIL DO TEATRO KAUS
Edilio Peña Dramaturgo Venezoelano
Robson Raga e Djalma de Lima - EL CHINGO - Foto: Julio Cesar Landim
A companhia teatral Kaus, nos ofereceu três notáveis espetáculos teatrais este ano: Infiéis, A Revolta e El Chingo, onde esta exposto uma concepção de madura teatralidade que podemos encontrar nas sutis encenações de seu diretor Reginaldo Nascimento. Em cada uma delas, encontramos um olhar que recria as histórias escritas, uma visualização particular para abordar estas três peças, de estilos e composições dramatúrgicas diferentes, as duas primeiras mais próximas ao naturalismo e a terçeira ao absurdo, desde a perspectiva de uma assunção estética clara e definida, mas sobre tudo, nova. Reginaldo Nascimento é um criador de universos cênicos pessoais.
Na montagem das peças de autores latino-americanos, Santiago Serrano (A Revolta), Marco Antônio de la Parra (Infiéis), e Edilio Peña (El Chingo), Reginaldo Nascimento aproximou-se da interpretação destas peças mediante a desconstrução do espaço e o tempo onde ficam contextualizadas as histórias das mesmas. A dizer, as três peças sugerem um espaço particular de acontecimento, mas o diretor preferiu apagar o espaço referencial proposto pelos autores, e ir a um espaço quântico onde só sobreviveram alguns referentes que lembraram os propostos pelos escritores.
Assim, estas montagens de Reginaldo Nascimento, incitaram também um tempo sem tempo, onde as personagens das peças pareciam emergir da obscuridade e do nada, para alojar-se, como passageiras de uma poética feliz, ante o olhar curioso dos espectadores. Do mesmo modo, os sentimentos das personagens foram concentrados na interpretação acertada dos atores, e não na procura de uma espetacularidade fácil, fora da interioridade, que incapacitara o ator, como intérprete e visualizador também, das peças representadas.
Assim, a intensidade dramática de uma peça como Infiéis, foi vista desde a cor branco, objetivo, sereno, para procurar compreender em sua justa medida, o desgarramento de umas personagens infiéis a sua própria história coletiva e pessoal. A disposição cênica de A Revolta, também, nos permitiu compreender a ausência do herói (filho, irmão e esposo), por méio de um fundo vazio que expressava a irresolução afetiva de todas as personagens, em particular, o da mãe devoradora, cheia de raiva e ressentimento.
Em El Chingo, a penumbra neblinada é a plataforma onde um personagem traumatizado como El Chingo, convocava a luz de um ausente idealizado como sua suposta mãe: Vivian Leigh. Em fim, cada uma das encenações, foram conformadas com pontualidade, contundência e deslumbramento cênico. Também , devo reconhecer, como um importante asserto o Encontro entre dramaturgos e diretores latino-americanos, que aconteceu no Instituto Cervantes, e também foi organizado pela companhia teatral Kaus, e possibilitou dialogar e debater em torno das propostas e características dramatúrgicas e cênicas, da nossa cena latino-americana.
Um Encontro que permitiu nos conhecer mais e definir nosso perfil particular,. Pela impecável organização deste evento por parte da companhia teatral Kaus, criaram-se as condições para que os teatristas latino-americanos se encontrem para vencer, assim, o desconhecimento e a ignorância que as vezes fica em nosso território. Acho que a companhia teatral Kaus, tem muito de seu nome, mas com a premissa e o fim de reordenar o caos, para procura neste, sua verdadeira essência criadora e vital.
Edilio Peña
Teatro Kaus lleva a escena La Revuelta de Santiago Serrano
Por: Pablo García-Gámez http://www.teatromundial.com/,

A Revolta - Foto: Julio Cesar Lnadim
New York: La revuelta (A Revolta), del dramaturgo argentino Santiago Serrano estuvo en cartelera entre el 17 de febrero y el 18 de marzo de este año en Sala Jardel Filho del Centro Cultural São Paulo, Brasil, bajo la dirección de Reginaldo Nascimento. El montaje forma del proyecto Fronteiras, El teatro en América Latina.Escrita en 1984 y estrenada en el Teatro El Vitral de Buenos Aires, la producción brasilera corre a cargo de Teatro Kaus Cia. Experimental. La pieza se desarrolla en un ámbito rural y atemporal.
En ella se muestra la angustia de un pueblo que desafía a la elite para reconquistar derechos como ciudadanos y retomar las propiedades arrebatadas por los poderosos. La Revuelta muestra cómo el poder seduce y corrompe; para algunos, la posibilidad de ser terrateniente borra cualquier valor ético por lo que no les importa traicionar comunidades enteras. El sistema feudal de repartición de tierras heredado de la colonia continúa; al final, sólo han cambiado los nombres de los terratenientes.
La complejidad de esas relaciones se refleja en la casa de Malva, anciana que tiene dos hijos: el revolucionario y Martín, que sirve a los latifundistas. Malva quiere que ocurra una revuelta social no importándole quién caiga mientras que su amiga Antonia tiene una visión más participativa: hay que hacer la revuelta, pero aclarando a todos por qué se hace, qué hay que exigir y asignando responsabilidades. Sara la joven sirvienta sabe que las cosas no son justas, que deben cambiar, pero no sabe a ciencia cierta por qué. Al final, su acto de valentía es traicionado.
Paco Llistó, entrevistó a Reginaldo Nascimento para el portal Aplauso Brasil. Allí el director comenta que “El período de las dictaduras permitió el surgimiento de una dramaturgia fuerte y visceral, de cuestionamiento y con preocupaciones sociales y humanas (…) ‘La Revuelta’ es un texto denso, que en su estructura evoca la obra del español Federico García Lorca (…) la pieza analiza la cuestión humana, mostrando el dolor de un pueblo que vive en lucha, creando revoluciones para hacer valer derechos y propiedades adquiridas a lo largo de la vida y expropiadas por los que detentan el capital y el poder político”.
“En ‘La Revuelta’, prosigue Nascimento, los brasileros están presentes en el dolor, en la angustia y en la falta de respeto a una vida entera de trabajo que se pierde ante el poder armado y el capital especulativo. Todos somos de América Latina y sufrimos una misma angustia: todavía estamos en el Tercer Mundo y tenemos que probar todo el tiempo que somos capaces de producir con dignidad y vender nuestro producto que tiene tanto valor como cualquier enlatado americano”.
El texto de Santiago Serrano es traducido por Airton Dantas; la dirección es de Reginaldo Nascimento El elenco está integrado por Amália Pereira, Maritta Cury, Janette Santiago, Adriana Cubas y Antonio RanieriLa propuesta de Teatro Kaus es investigar la escena latino-americana. El proyecto Fronteiras contempla el montaje de Infieles, de Marco Antonio de la Parra y El Chingo de Edilio Peña, además de un ciclo de lecturas dramatizadas de textos de otros autores latinoamericanos y el lanzamiento de Cuadernos de Teatro do Kaus - El Teatro en América Latina, registro documental del proceso de investigación que llevan a cabo.
Pablo García-Gámez http://www.teatromundial.com/

INFORME DO KAUS

PROJETO FRONTEIRAS- Primeiro modulo - resumo

segunda-feira, 2 de julho de 2007

OFICINA DE DRAMATURGIA DO KAUS A TEXTUALIDADE TEATRAL REALIZADA EM JANEIRO DE 2007

Oficina com o dramaturgo Argentino Santiago Serrano

Dirigida a atores, diretores, autores, músicos, cenógrafos e interessados em dramaturgia, a oficina de Dramaturgia do Kaus à textualidade teatral, pretendeu desenvolver a produção de textos e esboços de ações teatrais. “Os participantes realizaram trabalhos corporais e de sensibilização, trabalhando a memória pessoal e social como estímulo para a produção do texto dramático. foram explorados diferentes espaços cênicos e seus potenciais, considerando a improvisação como elemento detonante da criação literária”,

domingo, 1 de julho de 2007

PROJETO FRONTEIRAS O TEATRO NA AMÉRICA LATINA
CICLO DE DEBTAES " O TEATRO NA AMÉRICA LATINA"
REALIZADO DE 10 A 14 DE JANEIRO DE 2007
INSTITUTO CERVANTES DE SÃO PAULO

PROGRAMAÇÃO
Dia 11/1, Quinta-Feira, às 20h - Debate Brasil e Argentina
Palestrantes: Santiago Serrano (Dramaturgo/ Argentina), Sergio de Carvalho (Dramaturgo e diretor/Brasil), Aimar Labaki (Dramaturgo e diretor/Brasil), Hugo Villavicenzio (Diretor/Brasil). Mediador: Sebastião Milaré (Pesquisador/Brasil)
Dia 12/1, Sexta-Feira, às 20h-Debate Brasil e Chile
Palestrantes: Marco Antonio de la Parra (Dramaturgo/Chile), Teresina Bueno (Pesquisadora/Chile), Aimar Labaki (Dramaturgo e diretor/Brasil), Samir Yazbek (Dramaturgo/Brasil). Mediador: Sebastião Milaré (Pesquisador/Brasil)

Dia 13/01, Sábado, às 15h - Debate Brasil e Venezuela
Palestrantes: Edilio Peña (Dramaturgo/Venezuela), Marco Antonio Rodrigues (Diretor/Brasil), Hugo Villavicenzio (Diretor/Brasil), Samir Yazbek (Dramaturgo/Brasil). Mediador: Sebastião Milaré (Pesquisador/Brasil)

Dia 14 /01, Domingo, às 17h - Finalização - Encontros
Palestrantes: Santiago Serrano (Dramaturgo/ Argentina), Marco Antonio de la Parra (Dramaturgo/Chile), Teresina Bueno (Pesquisadora/Chile), Edilio Peña (Dramaturgo/Venezuela), Sergio de Carvalho (Dramaturgo e diretor/Brasil), Aimar Labaki (Dramaturgo e diretor/Brasil), Hugo Villavicenzio (Diretor/Brasil), Samir Yazbek (Dramaturgo/Brasil), Marco Antonio Rodrigues (Diretor/Brasil). Mediador: Sebastião Milaré (Pesquisador/Brasil)